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SUPERPOSTAGEM DE FILMES ANTIGOS

  SEDUÇÃO DA CARNE

                                       1954

PARA BAIXAR USUARIO: LEO.RJ
SENHA: LEODOWNLOAD



DIREÇÃO LUCHINO VISCONTI
ALIDA VALLI
FARLEY GRANGER
RMVB LEGENDADO
LIVRO DE CAMILLO BOITO
BY SSRJ




Sinopse:

Alida Valli é a condessa Livia Serpieri, uma partidária de Garibaldi que intercede em favor de seu primo quando ele desafia, de forma suicida, um oficial austríaco para um duelo. O tenente Franz Mahler (Farley Granger) distintamente foge da luta. Um conquistador bonito e sem princípios, Mahler seduz a condessa, que irá trair impulsivamente seu marido, sua honra e seu país pelo amor dele.

Crítica:

Conheçido pela opulência e sua formação cultural, Luchino Visconti Di Morone foi a personificação real da palavra ostentação e perfeccionismo. Seus trabalhos sempre exalaram elegancia e um rigor técnico praticamente perfeito, características que se tornaram inconfundiveis ao longo de sua carreira - Sedução da Carne ao lado de "O Leopardo"(uma espécie de auto-biografia) é um dos trabalhos mais importantes na extensa carreira deste gênio da sétima arte.
Sedução da Carne tem como pano de fundo o "Risorgimento"(Ressuireição) trata-se de uma fase de ocupação austríaca sobre a Itália em 1866.
Condessa Lívia Serpieri(Alida Valli) integra um movimento de libertação nacional e acaba conheçendo o Tenente Franz Mahler(Farley Granger) em meio a este clima caótico, os dois se apaixonam, adversarios e amantes, eles irão em busca da felicidade .
Inspirado em uma música de Bruckner, Visconti adaptou um conto homônimo do livro de abertura "Nuore Storille" escrito por Camilo Boito em 1883. Transformou este conto em um romance de rara beleza e deu um toque pessoal para sua conotação clássica e singular, se no conto de Camilo Boito sua personagem era uma aristocrata fútil e egoísta, Luchino transformou Lívia Serpieri em uma mulher forte e dotada de uma conciência política e sentimentos nacionalista.
Luchino tambem preparou muitíssimo bem o Tenente Franz Mahler(vale ressaltar que Luchino fez uma referência ao compositor austríaco Gustav Mahler) a princípio ele se mostra apolítico e desonrientado no meio do clima hostil, mas ao desenrolar da premissa, descobrimos um Tenente hedonista e individualista que desconheçe as causas nacionalistas, valores éticos e ímpetos ideológicos. Condessa Lívia Serpieri também tem o individualismo forjado em sua essência e mesmo detentora de uma conciência política e humanista, no confronto entre seus valores sentimentais e sua ideologia social, coloca o seu amor carnal e o seus sentimentos em primeiro plano(chegando ao fato de vender suas jóias para pagar um atestado médico falso que aprova a isenção militar do seu amante) .
Desta forma Luchino constrói seus personagens de forma ambígua e complexa, apresentando em seu contexto uma linha construtiva natural e humana, ou seja, nem os subjulgados italianos ou os dominadores austriacos são mocinhos e nem bandidos, cada um apresenta suas fraquezas de acordo com as facetas da personalidade humana, juntando tudo isto com um painel histórico fabulosamente recriado, temos um romance épico de estirpe clássica, literalmente.
Comentar o lado técnico de um filme de Luchino Visconti chega ser uma afronta ao outros diretores, sua direção de arte é magestral, figurinos elaborados milimetricamente, as ambientalizações de cenário são um primor, tudo contem um charme palpável que revela sua linhagem de conde por trás de cada cenário ou figurino . A fotografia é sempre clara e revela belíssimas paisagens da região de Veneto, a posição da câmera para pegar deteminada situação é sempre préviamente calculada, resumindo, no quesito técnico, Luchino Visconti foi e continua sendo insuperável, seus filmes são um deslubre visual.
Ingrid Bergman era a atriz que Luchino Visconti desejava para o papel de Condessa Serpieri, porém o seu marido(ciumento) Roberto Rossellini impediu tal acontecimento. Alida Valli depois de uma passagem frustrante por Hollywood, assim que chegou a Itália, foi indicada e o roteiro entregue em suas mãos. Por ironia do destino, Valli serviu como uma luva para o papel, sua beleza e plasticidade unido ao seu talento interpretativo, fizeram de Condessa Lívia Serpieri um personagem marcante em sua carreira e mais uma vez provou o seu talento desperdiçado por Hollywood.
Abertamente bisexual, como o seu pai. Luchino Visconti favorecia atores atraentes, foi assim com Alain Delon e Helmut Berger. Porém neste caso em questão existia um fato curioso, Farley Granger era homosexual e um ator mediano . Fica difícil entender como um diretor tão exigente (chegando a ser chamado de "senhor medieval com chicote" por Clara Calamai) quanto Luchino não pode arrumar outro ator mais talentoso, sua atuação fica sustentada por um roteiro eficiente aliado a uma grande atriz e um ótimo diretor, porém é claro que se fosse outro ator (por exemplo: Delon) sua desenvoltura seria mais intensa, mas nada que comprometa um resultado satisfatório do longa .
Sedução da Carne marca sua fase de transição, deixando o neo-realismo para trás e aborda temas épicos e a introdução de elementos operísticos. A partir desta obra, Luchino Visconti implementa o seu conheçimento e da ênfase total as artes em seus longas. Sedução da Carne é considerado por muitos sua obra prima, eu prefiro imaginar que trata-se apenas de uma peça entre o seu mostruário de obras cinematográficas de valor incalculável . Luchino Visconti Di Morone, um mestre que deve ser prestigiado a todo momento pelos amantes do cinema. By Hudson Borgato.

Elenco:

Alida Valli (Condessa Livia Serpieri)
Farley Granger (Tenente Franz Mahler)
Rina Morelli (Laura)
Heinz Moog (Conde Serpieri)
Tino Bianchi (Capitão Meucci)
Sergio Fantoni (Luca)
Christian Marquand (Oficial)
Jean-Pierre Mocky (Soldado)

Informações Técnicas:

Direção: Luchino Visconti
Roteiro: Carlo Alianello, Giorgio Bassani, Luchino Visconti,Tennessee Williams, baseado no livro de Camillo Boito
Fotografia: Aldo Graziati, Robert Krasker
Música: Anton Bruckner

Premiações:

- Festival de Veneza: Luchino Visconti, Indicação (Leão de Ouro)

Curiosidade:

- O diretor Luchino Visconti insistiu para que flores fossem cortadas diariamente para cada aposento no set de filmagem, independentemente de haver ou não filmagem ali.

Dados do Arquivo:

Formato: RMVB
Tamanho: 374 MB
Duração: 1:54
Áudio: Italiano
Legendas: Português

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                                            CORAÇÃO DE CRISTAL

                                                               1976


                                           Atendendo ao pedido da Camilinha ao Flaonzito    





DIREÇÃO WERNER HERZOG
RMVB LEGENDADO
BY SSRJ


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Sinopse:

O tema central é a desagregação de uma aldeia de artesãos na Alemanha, século XVIII, a partir da morte de um mestre vidraceiro que leva consigo o segredo da fórmula de fabricação do "vidro-rubi". Premonições; previsões que se realizam; fenômenos paranormais e momentos de delírio e violência, contribuem para sustentar o clima mórbido da Baviera.

Elenco:

Josef Bierbichler ... Hias
Stefan Güttler ... Huttenbesitzer
Clemens Scheitz ... Adalbert
Sonja Skiba ... Ludmilla
Wolf Albrecht
Thomas Binkley
Janos Fischer
Wilhelm Friedrich
Edith Gratz
Alois Hruschka
Egmont Hugel
Amad Ibn Ghassem Nadij

Informações Técnicas:

Direção: Werner Herzog
Roteiro: Werner Herzog e Herbert Achternbusch
Produção: Werner Herzog
Música: Popol Vuh
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Figurino: Ann Poppel
Edição: Beate Mainka-Jellinghaus

Crítica:

Surreal, bizarro, diferente e muito, muito original. Qualquer uma dessas expressões poderia definir perfeitamente o filme alemão “Coração de Cristal” (Herz aus Glas, Alemanha, 1976). O longa-metragem pode não ser o melhor de Werner Herzog, mas é certamente o mais singular produto gerado pela mente de um dos mais iconoclastas diretores de cinema que já pisaram o planeta. Poesia, imagens da natureza e hipnotismo estão entre os ingredientes que, juntos, compõem um filme exótico e completamente diferente do que nós, ocidentais, entendemos por cinema.
Vale ressaltar que “Coração de Cristal” foi produzido durante a mais prolífica e criativa fase do novo cinema alemão, movimento que floresceu no começo da década de 1970 e revelou ao mundo cineastas do naipe de Wim Wenders e Rainer Werner Fassbinder. Todos faziam filmes com orçamentos minúsculos e, audaciosos, tentavam empurrar os limites do que se podia fazer, em termos narrativos, em filmes tradicionais. E eram diferentes uns dos outros: Fassbinder preferia o melodrama (ousava mais nas temáticas), Wenders era mais contemplativo e existencial. E Herzog… bem, esse era meio maluco mesmo. E “Coração de Cristal” é uma prova cabal disto.
O projeto do longa-metragem nasceu do fascínio que o cineasta desenvolvera pelo hipnotismo. Anos depois, Herzog diria que o primeiro objetivo do projeto, nos estágios iniciais de criação, era tentar hipnotizar a platéia durante a exibição. Para que isto fosse possível, o diretor chegou a realizar testes. A idéia era aparecer na frente da câmera, logo na primeira seqüência, e falar diretamente aos espectadores, com um pêndulo, hipnotizando-os para que vissem o filme sob efeito da hipnose. O cineasta chegou a fazer testes com amigos, hipnotizando-os através das imagens de uma câmera de vídeo.
No entanto, esta idéia doida acabaria descartada porque se mostraria completamente anti-narrativa (e talvez os espectadores hipnotizados não se lembrassem do filme ao fim da sessão). Desta forma, Herzog optou por uma decisão radical, mas menos intrusiva. Ele decidiu que todos os atores atuariam hipnotizados, e assim foi feito. O resultado é um filme espectral, fantasmagórico, em que os seres humanos se movem lentamente, com os olhos semicerrados, recitando as falas como se houvessem tomado soníferos potentes ou fumado maconha. Não há registro de uma experiência tão iconoclasta na história do cinema.
A história é bastante simples e carregada de simbolismos do romantismo clássico, inteiramente coerentes com a história cultural alemã. O filme se passa no século XVIII, em uma pequena aldeia da Bavária, especializada na produção de cristais. Herzog se dedica a mostrar o processo de decadência e desintegração daquele povoado após a morte do principal vidraceiro, que carrega para o túmulo a fórmula do famoso vidro vermelho da região. A narrativa se concentra principalmente em dois personagens, o aristocrático líder da aldeia (Stefan Güttler) e o profeta da região (Josef Bierbichler).
Há longas passagens em silêncio, e grandes porções do filme consiste de previsões pessimistas sobre o fim do mundo (e da aldeia) feitas pelo jovem profeta. A lentidão é quase excruciante e pode ser muito incômoda, mas faz parte da estratégia de Herzog para colocar a platéia no mesmo estado de transe hipnótico em que estão os atores. A atmosfera é perfeitamente complementada pelas imagens belíssimas – panorâmicas da natureza de tirar o fôlego, e esplêndida iluminação claro/escuro no interiores, que mais parecem pinturas do holandês Johannes Vermeer – e pela linda música sacro-barroca do grupo progressivo Popol Vuh, habitual colaborador do cineasta. O resultado é uma parábola transcendental bem ao estilo excêntrico de Herzog.
Não existe DVD deste filme no Brasil. O disco norte-americano é da Anchor Bay e tem boa qualidade: imagem excelente (wide 1.66:1 anamórfica), som OK (Dolby Digital 2.0), e um comentário em áudio de Herzog. By Rodrigo Carreiro

Curiosidades:

- Um dos homens que aparecem carregando uma carga de vidro-rubi para ser jogada no rio é o diretor Werner Herzog.
- A maioria dos atores (com exceção de Hias e dos vidreiros) atuaram sob efeito de hipnose, realizada pelo próprio Werner Herzog
.
Dados do Arquivo:

Formato: RMVB
Tamanho: 294 MB
Duração: 1:30
Áudio: Alemão
Legendas: Português

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