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BRUNO FALA PRO SEU PAI IR RELEMBRANDO ENQUANTO PROCURO OS EPISODEOS PARA DOWNLOAD

BRUNO DEVE DEMORAR UM POUCO MAIS VOU FAZER O POSSIVEL PARA ATENDE-LO

O Vigilante Rodoviário


Se você é uma pessoa nascida há pouco mais de 30 anos, talvez não se lembre da inesquecível canção de abertura deste seriado brasileiro, considerado pioneiro no cinema nacional, tampouco possa se lembrar dos personagens Inspetor Carlos e seu cão Lobo, que juntos combatiam o crime nas estradas brasileiras. Se ainda tiver duvidas pergunte aos seus pais e avós sobre as aventuras do Vigilante Rodoviário e você terá uma resposta rápida, carregada de boas lembranças do início da era de ouro do cinema e TV brasileiro, quando um filme que iniciou-se sem muitos propósitos tornou-se em pouco tempo uma febre entre os brasileiros do início da década de 1960.

O seriado Vigilante Rodoviário foi ao ar pela extinta TV Tupi, no ano de 1961 e, em pouco tempo tornou-se sucesso de publico retratando a rotina de trabalho dos patrulheiros rodoviários naquela época. O ator Carlos Miranda, que encarnou o personagem com mesmo nome, se envolveu de tamanha forma no contexto rodoviário que, em 1970, ingressou na Polícia Militar Rodoviária e hoje é coronel aposentado da PMESP. Foram 38 episódios inesquecíveis em que o protagonista e seu cão Lobo sem envolviam em diversas ocorrências, tendo como cenário principal, a Rodovia Anhanguera.

Primórdios de Vigilante Rodoviário
Para contarmos a história do surgimento de Vigilante Rodoviário, temos que contar um pouco a história de seu criador, Ary Fernandes. O cineasta Ary Fernandes iniciou sua carreira no cinema na década de 1950, trabalhando como auxilar de produção de filmes como “O Canto do Mar” e “A Mulher de Verdade”. Logo tornava-se assistente do diretor Carlos Hugo Chritensen, nos filmes “Mãos Sangrentas” e “Leonora dos Sete Mares”.

Foi nesta época que Ary Fernandes iniciava a concepção de um herói 100% nacional, uma resposta aos enlatados estrangeiros que invadiam o imaginário brasileiro com personagens do cinema e dos quadrinhos. Ary Fernandes começava então a conceber este novo herói e, sua maior admiração estava retratada nos patrulheiros rodoviários da época, em virtude do fato do cineasta viajar com frequência e devido a isto, manter um estreito contato com os policiais que trabalhavam nas estradas. Sua admiração pelos patrulheiros foi gerada pela forma educada, porém firme, em que estes policiais tratavam os motoristas, motivo que levava orgulho do povo paulista à sua corporação. E Ary Fernandes tornava-se um fã da Polícia Rodoviária de São Paulo.

Com esta concepção, nascia na alma de Ary Fernandes o Vigilante Rodoviário. A idéia do nome “Vigilante” se devia ao fato de Ary Fernandes transmitir a sensação do patrulheiro sempre alerta, não só imbuído da idéia de multar, mas sempre pronto para ajudar os motoristas nas estradas. Com a idéia inicial na cabeça, Ary Fernandes tratou de escrever os primeiros episódios de seu projeto. Após levar seu projeto ao produtor e amigo Alfredo Palácios, que viabilizou e concretizou a produção, cineasta e produtor conseguiram uma importante parceria com a multinacional Nestlé, que patrocinou toda produção, acreditou no trabalho sério da dupla e deu o pontapé inicial para o surgimento de o “Vigilante Rodoviário”.

Uma das características mais marcantes do seriado foi dar espaço aos novos talentos da dramaturgia brasileira, e entre estes nomes destacamos Ary Fontoura, Stênio Garcia, Rosamaria Murtinho, Fulvio Stefanini, Juca Chaves, Tony Campelo, Luis Guilherme, entre tantos atores. Alguns destes novos talentos na época tornaram-se grandes nomes do cinema e TV brasileiro.

A exibição do piloto foi cercada de expectativas e uma certa desconfiança em virtude da falta de experiência do cineasta. Alguns críticos acreditavam ser muita pretensão de um jovem em criar a primeira série para a TV e cinema de um herói brasileiro. Naquela época apenas três países produziam filmes em série e na América Latina, nenhum país se aventurou a produzir um trabalho do porte em que Ary Fernandes concebeu. Ao término da exibição do piloto, todos os presentes ficaram impressionados com a qualidade do trabalho e se renderam ao talento de Ary Fernandes.

Carlos Miranda: de protagonista à patrulheiro
Os primeiros trabalhos para as filmagens de “Vigilante Rodoviário” foram marcados pela incessante procura de Ary Fernandes pelo ator que melhor encarnasse o protagonista da série. O próprio cineasta relata a história no site oficial do Vigilante Rodoviário. O cineasta não encontrava o ator ideal para seu personagem. Certo dia, já bastante cansado de procurar e testar atores para o papel, Ary Fernandes descansava em sua casa quando foi interpelado por sua esposa Ignez, que lhe disse: “Você já testou o Carlinhos?”. O Carlinhos em que sua esposa se referia era Carlos Miranda, seu assistente técnico na época. No dia seguinte, Ary Fernandes observou atentamente Carlos Miranda, seu porte atlético e sua voz firme. Pediu-lhe que vestisse o fardamento do personagem. Carlos Miranda vestiu o fardamento que, apesar de ficar justo em seu corpo atlético, lhe caiu muito bem. Com os olhos fixos em Carlos Miranda, o cineasta levantou-se e lhe disse: “Acabo de encontrar o Vigilante Rodoviário”. A partir de então Carlos Miranda tornou-se o protagonista da série “Vigilante Rodoviário”.

Carlos Miranda nasceu em 1933, no bairro da Moóca, capital de São Paulo. Ainda jovem trabalhava como técnico de cinema e apenas um curso de teatro amador no currículo. Após sua indicação como protagonista da série, Carlos Miranda iniciou um curso intensivo de policiamento rodoviário afim de melhor encarnar a rotina de um patrulheiro. Iniciou o curso na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo, que durou seis meses onde Carlos Miranda aprendeu noções sobre trânsito além de aprender jiu-jitsu. Para este curso, Carlos Miranda nada recebeu. O grande diferencial na escolha de Carlos Miranda estava em seu sorriso simpático e sua boa comunicação, além é claro, de seu porte atlético dando respaldo à imagem do protagonista.

O ator protagonizou os 38 filmes da série, que era exibida pela TV Tupi. Após o encerramento dos trabalhos, ocorrido principalmente por uma série de medidas do então presidente Jânio Quadros que inviabilizaram qualquer produção nacional, Carlos Miranda resolveu tomar outro rumo radical em sua carreira. Ele resolveu transformar sua arte em vida. Cursou a Academia de Polícia e alguns anos depois, tornou-se policial rodoviário estadual. Atualmente, Carlos Miranda é Tenente Coronel da reserva da Polícia Militar do estado de São Paulo.

Mesmo após vários anos do encerramento das filmagens e já executando suas novas funções como verdadeiro policial rodoviário, Carlos Miranda era intensamente assediado ao longo das estradas em que trabalhava. Diversos fãs paravam seus veículos afim de tirar uma foto ao lado do ídolo. Estas manifestações de carinho faziam encher de orgulho o ator que soube, melhor que qualquer outro artista, encarnar a imagem do patrulheiro rodoviário.

Atualmente, Carlos Miranda participa de feiras e eventos trajado com o uniforme da época das filmagens e a bordo de seu Simca Chambord, revivendo a era de ouro da TV brasileira e marcando de saudosismo e orgulho as lembranças dos fãs. Seu legado hoje se traduz em um fã clube que pode ser considerado um dos maiores do gênero no Brasil, mesmo após 40 anos do fim da série. Carlos Miranda é pai de cinco filhos e quatro netos e mora atualmente na cidade de São Caetano do Sul, na região do ABCD paulista.

O fiel cão Lobo e as máquinas de Vigilante Rodoviário
Além do personagem marcante do Inspetor Carlos, a série Vigilante Rodoviário também trouxe a participação de um fiel escudeiro: um cão sem raça definida, que se assemelhava à um pastor alemão, chamado Lobo. O nome verdadeiro do cão era King e foi escolhido afim de não manter um personagem solitário em suas aventuras pelas estradas. King tinha cinco anos na época das filmagens e seu proprietário, Luís Afonso, era um soldado da extinta Força Publica paulista.

O talentoso cão, como o protagonista, encarnou tão bem seu papel que tornou-se um personagem marcante na série. Com a intensidade das gravações, em pouco tempo o cão King tornava-se familiarizado com a equipe de técnicos e atores, chegando ao ponto recusar-se à voltar para a própria casa. O banco dianteiro do Simca Chambord era considerado cadeira cativa do cão forçando a quem quisesse viajar a bordo do veículo, que viajasse no banco traseiro. Alguns anos depois do fim da série o cão King acabou falecendo. Sua morte causou grande pesar em todos que conviveram com o animal, desde o diretor Ary Fernandes até o ator Carlos Miranda.

Outra grande sacada do seriado estava nas máquinas em que o personagem utilizava para combater o crime e patrulhar as estradas. Foram utilizadas uma motocicleta Harley Davidson e um automóvel Simca Chambord. Quanto à motocicleta, foi uma escolha apropriada em virtude da imagem de robustez e velocidade que cercavam a marca Harley Davidson. A escolha do Simca Chambord parece ser feita apenas pela presença marcante, pois o veículo não era considerado um dos mais velozes e potentes da época. Mas mesmo por sua falta de “agressividade”, os Simca, pintados à caráter em preto e amarelo, incorporaram bem o cenário de Vigilante Rodoviário. A presença destes automóveis no seriado ajudou a alavancar as vendas da marca no Brasil.

O legado do Vigilante Rodoviário
O seriado Vigilante Rodoviário foi ao ar até meados de 1965, devido ao encerramento do patrocínio da Nestlé e as medidas governamentais do então presidente Jânio Quadros, que taxaram em até 400% os impostos para produtos importados. Estas medidas encareceram os equipamentos utilizados e inviabilizaram a continuidade da série. O Vigilante Rodoviário era exibido em São Paulo, na TV Tupi, sempre às quartas-feiras, às 20 horas, após o Reporter Esso. No Rio de Janeiro, a série era exibida às quintas-feiras, em horário nobre.

Mesmo após o encerramento da produção, o seriado ainda foi exibido pela TV Tupi, TV Cultura e TV Globo. Os índices de audiência eram considerados elevados para uma série reprisada, alcançando números impressionantes de fãs, mesmo com o fim da série. A última exibição que se tem notícia foi realizada pela TV Globo, em 1976. Em 1978, houve uma tentativa de reeditar a era de ouro do seriado, com a utilização de um novo ator, Marcelo Fronzar. O novo filme foi rodado em Atibaia, mas não obteve o mesmo retorno do seriado original, que em sua época áurea ganhou importantes troféus, como o Roquete Pinto como melhor filme de televisão. O seriado Vigilante Rodoviário tornou-se um marco na produção de cinema e TV no Brasil, na década de 1960. Milhares de brasileiros lembram com orgulho de seu primeiro herói genuinamente nacional. Mesmo com a chegada da série CHIP´s, na década de 1980 (veja em Matérias Especiais), Vigilante Rodoviário apenas manteve seu lugar no coração de fãs que viam no personagem a materialização do policial rodoviário. Este reconhecimento de concretizou com a visita do ator Lary Wilcox ao Brasil e seu encontro com Carlos Miranda, onde duas gerações de artistas souberam encarnar a rotina e bravura dos policiais rodoviários ajudando na construção da imagem romântica que cerca a polícia rodoviária no Brasil. Vigilante Rodoviário e CHIP´s representavam a arte personificando a vida. Era o reconhecimento do cinema aos heróis anônimos espalhados pelas estradas do Brasil e do mundo.










Episódios eram:

1) Os 5 Valentes
2) O Recruta
3) Bola de meia
4) O Ventríloquo
5) Extorsão
6) Jogo decisivo
7) Pânico no Ring
8) Zuní, o Potrinho
9) A Orquídea glacial
10) Remédios falsificados
11) Os Romeiros
12) A Repórter
13) Diamante gran Mongol
14) O Fugitivo
15) Aventura em Ouro Preto
16) Chantagem
17) O Homem do Realejo
18) A Eleição
19) A Pedreira

20) O Pagador
21) O Sócio (O Aventureiro)
22)A aventura do Tuca
23) O Invento
24) Terras de ninguém
25) O rapto do Juca
26) Aventura em vila Velha
27) Pombo-correio
28) Ladrões de automóveis
29)O Suspeito
30) O Garimpo
31) A fórmula de gás
32) Café marcado
33) O assalto
34) O Mágico
35) Mapa histórico
36) O
Mordomo
37) A história do Lobo
38) Mistério do Embú
(Tesouro do Embú).

Veja mais sobre em : http://www.vigilanterodoviario.com/ <~Site oficial!

Hino do VIGILANTE RODOVIÁRIO

(Ary Fernandes)

De noite ou de dia,
firme no volante,
vai pela rodovia,
bravo Vigilante!

Guardando toda estrada,
forte e confiante,
é o nosso camarada,
bravo Vigilante!

O seu olhar amigo,
é um farol que avisa do perigo,
audaz e temerário,
prá agir a todo instante,
da estrada é o Vigilante,

VIGILANTE RODOVIÁRIO !

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